PhD recebe uma variedade de abreviações em países anglófonos. Derivado do latim, onde se entende por philosophiae doctor – ou ainda doctor philosophiae –, sua abreviatura pode aparecer como: D.Phil, DPhil e Ph.D. O título é comum nos países de idioma inglês, onde é reconhecido como o grau universitário terminante.
A menção à “filosofia” no título de PhD gera algumas dúvidas e confusões. Ao contrário do que o nome sugere, a denominação não é limitante ao campo filosófico.
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O termo PhD contempla outras áreas do conhecimento, pois sua origem remonta o sentido grego da palavra. Isto é, a filosofia do título refere-se à concepção de “amor ao conhecimento”. Para tanto, em países europeus, a denominação é empregada e concedida ao ramo do Direito e da Medicina.
Origem de PhD
Verifica-se também que o sentido de “filosofia” está vinculado ao ensinamento das chamadas artes liberais. Essa é fundamentada na ementa adereçada à Universidade de Berlim, Humboldt.
À época, a filosofia era integrada por ementas de variados cursos da atualidade. Em outras palavras, a filosofia unificava muitos dos cursos que hoje conhecemos separadamente, haja vista de que uma porção de cursos de graduação dos tempos atuais não foi fundada até o século dezenove.
Desse modo, PhD foi um termo genérico para o curso filosófico que ensinava alguns dos campos mais populares hoje.
Como PhD é chamado no Brasil?
No Brasil, não existe tradução literal para o título concedido em terras de língua inglesa. O Brasil confere seu título próprio de PhD, chamado nacionalmente de DSc.
A sigla brasileira significa Doctor of Science, Scientiae Doctor ou simplesmente Doutor em Ciências. O título é oferecido após a conclusão dos cursos de doutorado. Ou seja, o DSc concedido em universidades brasileiras equivale ao PhD de países anglófonos.
Usos formais e informais
O PhD tende a ser utilizado em diversas “modalidades”, ultrapassando o conceito cult para o entendimento coloquial. Em termos simples, não raro o título é re-empregado no vocabulário cotidiano com maior liberdade e independência.
No linguajar popular, praticado no dia a dia, a sigla Ph.D ainda pode aparecer com uma definição mais informal: PhoDão. A licença para renomear é um recurso da linguagem cotidiana entre determinados grupos e tribos urbanas.
Nesse caso, PhoDão, embora não seja a correspondência real do termo, segue lógica parecida. O termo se refere à alguém com destaque no que faz, alguém “fodástico” e conceituado. Por extensão, entende-se que o PhoDão pode ser um doutor em sua área, ou ter atingido a excelência no que faz.
Sendo assim, o título pode ser empregado informalmente àqueles indivíduos que não têm doutorado. Isto é, a alguém que é muito bom no que faz, seja essa uma profissão ou outra atividade.
A prática do termo não se limita somente ao campo profissional e formal, tendo conquistado vocabulário comum. O uso pode dividir opiniões, assim como demais palavras enviesadas ou “vulgarizadas” de seu significado original.
Abaixo, alguns exemplos de usos formais e informais do termo no vocabulário popular:
“Marcus terminou a graduação, fez especialização e se tornou mestre. Atualmente, Marcus é PhD em Física”.
Na frase apresentada acima, o uso do título está voltado para o sentido formal. Na sentença, o termo se refere a: doutor, doutorado, especialista, mestre.
“Kléber é o maior tirador de onda, PhD em passar a perna em desavisado”.
Na frase apresentada acima, o uso do título está voltado para o sentido informal. Na sentença, o termo se refere a: gaiato, maroto, esperto, sacana.
“Márcia sempre foi muito estudiosa. Embora não tenha doutorado, é PhD em matéria de matemática”.
Na frase apresentada acima, o uso do título está voltado para o sentido informal. Na sentença, o termo se refere a: entusiasta, traquejado, perito, experiente, versado.
“Victor se acha o PhoDão na conquista, mas ouvi dizer que é super amador”.
Na frase apresentada acima, o uso do título está voltado para o sentido informal. Na sentença, o termo se refere a: convencido, pretensioso, imodesto, metido, esnobe.
“Você já ouviu Frank Ocean? Ele é o Ph.D da música atual!”
Na frase apresentada acima, o uso do título está voltado para o sentido informal. Na sentença, o termo se refere a: reconhecido, maioral, mestre.
“Carolina está se especializando. Seu objetivo é se tornar Ph.D em seu campo nos próximos anos”.
Na frase apresentada acima, o uso do título está voltado para o sentido formal. Na sentença, o termo se refere a: legitimado, verificado, expert, habilitado, certificado.
Sinônimos do título
- Doutorado
- Doutor
- Esperto
- Maioral
- Tirador de onda
- Garantido
- Convencido
- Certificado
- Reconhecido
- Validado
- Legitimado
- Expert
- Experiente
- Veterano
- Especialista
- Traquejado
- Treinado
- Versado
- Perito
- Habilitado
- Mestre
- Entendido
- Maroto
- Imodesto
- Metido
- Esnobe
- Pretensioso
Antônimos do título
- Noob
- Novato
- Bicho
- Iniciante
- Amador
- Calouro
- Gaiato
- Entusiasta
- Curioso
- Principiante
- Aprendiz
- Noviço
- Neófito
- Inexperiente
O termo na antiguidade
Como se espera, as universidades medievais não disponibilizavam a variedade de cursos encontrados hoje. À época, a grade era bem menos sortida, além de ser acessível a poucos e seletos. Sabendo disso, as faculdades medievais eram divididas em quatro segmentos: Teologia, Direito (civil e canônico), Artes e Medicina.
Esse formato imperou por muitos, nais especificamente, até o século dezenove. Foi apenas dois séculos atrás que reformas no modelo educacional foram propostas e aprovadas – iniciadas na pioneira Alemanha, especificamente adotadas pela Universidade Humboldt, em Berlim.
Nessa ementa revolucionária, o estudante dedicado às áreas humanas poderia dar seguimento ao curso até culminar no Forschungs Doktorat ou, em português, ao doutorado em filosofia.
Com esse formato, a universidade alemã lançaria a moda para outros países. O conceito foi adotado e reaproveitado em diversas áreas do globo. Nos Estados Unidos, por exemplo, o título de PhD passou a ser fornecido a partir de 1861. A pioneira nas terras estadunidenses foi a Universidade Yale.
A princípio, o título foi oferecido aos alunos que ministravam as teses nas áreas de humanidades ou ciências exatas. Mais tarde, o modelo foi se expandindo por demais universidades. Ganhando espaço e se tornando mais pronunciado, o título virou um padrão empregado no ensino do mundo inteiro.