De capítulos livros aos ponteiros de relógios, os números romanos podem revelar muita história e curiosidades sobre suas origens. Criado na antiga Roma, esse sistema matemático único foi criado a partir de números romanos e, até hoje, é empregado em diversas situações do nosso cotidiano, inclusive em provas de concursos e vestibulares.
Assim, para você saber mais sobre os números romanos e seu uso em disciplinas como Matemática e História, neste artigo vamos abordar seu uso, suas aplicações e toda a sua importância. Prepare seu material de estudo e vamos colocar a cabeça para trabalhar.
Os números romanos
Claro que você já deve ter visto algum algarismo em números romanos usado em certos objetos e momentos da vida. Isso porque eles servem para denotar coisas relevantes, como os famosos séculos da História e várias outras circunstâncias. Mas você sempre quis saber quais suas origens? É ler para aprender.
A História dos números romanos
Esse sistema de numeração foi criado há cerca de três mil anos, sendo, por um longo período, a representação dos algarismos mais comum em terras europeias. Embora tenha similaridade com os sistemas oriental ou o egípcio, os números romanos tiveram origem a partir de uma necessidade básica: o comércio.
Isso porque ele demandava uma forma segura e prática para se calcular tanto os produtos e serviços à venda quanto para finalidades como contar datas e horas, listar e ordenar itens nos mais diferentes setores da sociedade.
Os números romanos medievais
Se você não sabia, nas épocas da Idade Média, assim como no Renascimento, os numerais e algarismos nas inscrições e documentos chegavam a incluir certos símbolos, que eram adicionados e são conhecidos atualmente como “os numerais romanos medievais”.
Nesses períodos, eram usadas letras alternativas para realizar a substituição das letras-padrão, como Q para D e A para V, ao mesmo tempo em que demais abreviações serviam como os números compostos, como F para XL e O para X. Entretanto, apesar de certos dicionários atuais apresentarem essas variantes, elas estão fora de uso.
O sistema
Mesmo com o emprego padrão do sistema decimal, os números romanos são um sistema que ainda pode ser visto em escolas e universidades. Confira abaixo onde sua representação costuma ser mais usada na atualidade.
- Representar as cenas teatrais;
- Indicar volumes e capítulos de publicações;
- Designar olimpíadas, congressos e assembleias;
- Simbolizar as horas em relógios;
- Designar datas e séculos;
- Distinguir nomes imperadores, reis e papas.
Para começar a entender e a trabalhar nesse sistema de números romanos, o básico é você decorar apenas seus sete símbolos ou letras que têm os respectivos valores do sistema decimal que demonstramos logo abaixo:
- I, para 1;
- V, para 5;
- X, para 10;
- L, para 50;
- C, para 100;
- D, para 500;
- M, para 1000.
Dessa forma, para produzir os demais números romanos você precisa apenas seguir as devidas normas, em especial a que proíbe a repetição de uma letra por mais que três vezes e as letras L, V e D, que já mais podem ter repetição. Confira abaixo alguns exemplos simples.
- II, ou 2;
- III, ou 3;
- XX, ou 20;
- XXX, ou 30;
- CC, ou 200;
- CCC, ou 300;
- MM, ou 2000;
- MMM, ou 3000.
Outra regra importante para você criar números romanos diferentes é saber que as letras X, I e C devem estar sempre antes de letras com maior valor, representando uma subtração. Observe algumas normas em exemplos que destacamos abaixo:
- A letra C vem sempre antes das letras M ou D;
- A letra X vem sempre antes das letras C ou L;
- A letra I sempre vem antes das letras X ou V.
Confira, abaixo, como alguns números romanos podem estar presentes em nosso dia-a-dia e quais são as suas formas mais comuns.
- VIII, ou 5+1+1+1, igual a 8
- XI, ou 10+1, igual a 11
- LX, ou 50-10, igual a 60
- CCX, ou 100+100+10, igual a 210
- MCXI, ou 1000+100+10+1, igual a 1111
- DXXX, ou 500+10+10+10, igual a 530
- MDCL = 1000 + 500 + 100 + 50 = 1650
- IV, ou 5-1, igual a 4
- IX, ou 10-1, igual a 9
- XL, ou 50-10, igual a 40
- CM, ou 1000-100, igual a 900
Adição e subtração no sistema de números romanos
Para você aprender a matemática básica nesse sistema, confira abaixo como funcionam os métodos de adição e subtração no sistema de números romanos.
A adição
Aqui neste caso, para você conseguir o resultado correto, comece pelo algarismo mais próximo ou menor. Aí, basta somá-lo com outro igual ou de menor valor. Confira abaixo nossos exemplos e veja como é simples.
- Número 8: a equação é 5+1+1+1. Ou seja, uma letra V e três letras I, chegando ao sistema de números romanos pela representação VIII;
- Número 36: a equação é 10+10+10+5+1. Ou seja, três letras X, uma letra V e uma letra I, chegando ao sistema de números romanos pela representação XXXVI.
A subtração
Se você não conseguir alcançar o resultado pela adição, será necessário usar o método de subtração, onde a técnica consiste em empregar o menor algarismo seguido por um de valor superior. Confira abaixo mais alguns exemplos de fixação.
- Número 9: a equação é 10-1. Ou seja, uma letra X e uma letra I. Mas, para seguir a lógica do sistema, o menor algarismo tem que vir primeiro para denotar a subtração, como se fosse 1-10. Assim, você chega à representação em números romanos de IX.
Lembre-se de que, além das regras que demonstramos acima, você ainda tem que saber outras características do sistema romano. Veja abaixo.
- Desde a criação do sistema com números romanos, jamais houve a presença do algarismo zero;
- Em qualquer representação, método de adição ou subtração, um único algarismo jamais pode ter sua repetição executada de forma superior a três vezes;
- Nos casos em que a numeração é superior a quatro mil, costuma ser empregado um traço sobre as letras para estabelecer que a multiplicação foi feita por mil.
O zero nos números romanos
E cadê o algarismo zero nesse sistema de numeração romanos? Sim uma das maiores curiosidades desse sistema é que seus criadores não conheciam a presença do numeral conhecido por nós como “zero”. Ele só começou a ser empregado em sistemas de numeração a partir dos árabes.
E vale ainda ressaltar outras possíveis causas, como a de que alguns historiadores relatam que os romanos apenas não possuíam um número equivalente no sistema. Ou mesmo que, para os romanos, o numeral com o menor valor entre todos só poderia ser o 1.