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Dia dos namorados: quando surgiu, quando se comemora e como é?

A história do Dia dos Namorados, seja aqui no Brasil ou na Europa e Estados Unidos, é bem interessante e até mesmo bonita – por isso, vale a pena conhecê-la. Mais importante do que isso, entretanto, é você ter boas razões para comemorar este como sendo o seu dia, o Dia do Amor – porque sua origem remete ao amor. Por isso, prepare-se para conhecer essa pitoresca história e, este ano, comemorar com mais emoção o seu Dia dos Namorados.

A história é antiga e remete aos primeiros séculos da era Cristã, ou seja, depois de Cristo. Trata-se de uma história de amor, em que alguns personagens são historicamente comprovados, enquanto para outros não há certeza de que de fato tenham existido.

Valentim desrespeitou ordem do imperador

Conta-se que o imperador romano Cláudio II – Marcus Aurelius Valerius Claudius Augustus -, que governou Roma por poucos anos até sua morte, em 270 da era Cristã, havia proibido a celebração do casamento por padres católicos. Isso por duas razões: ele era contra o Cristianismo – incentivava a adoração do deus Sol – e queria seus soldados solteiros, que, segundo acreditava, rendiam mais no campo de batalha.

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Contra suas ordens, insurgiu-se o bispo Valentim, de Roma, que continuou a fazer a celebração do casamento de forma secreta para dar o sacramento aos cristãos, conforme o mandamento da Igreja Católica.

Nos bilhetes, assinatura ‘Do seu Valentim’

Valentim foi preso e condenado à morte pelo imperador Cláudio II. Enquanto estava no calabouço, apaixonou-se por uma jovem cega, filha de um dos carcereiros. Antes de ser enforcado, dia 14 de fevereiro, Valentim conseguiu o milagre de fazer a moça voltar a ver e, no dia de sua morte, escreveu-lhe bilhetes apaixonados em que assinava como “Seu namorado” ou “Do seu Valentim”.


Enquanto estava preso, também, Valentim passou a receber muitos presentes, especialmente flores, dos jovens que havia transformado em casais. Estes buquês de flores também se transformaram, depois, em símbolos do futuro Dia dos Namorados.

Dia criado por agência de publicidade

Valentim, mais tarde, transformou-se em mártir da Igreja Católica e em São Valentim, e o 14 de fevereiro, dia de sua morte, passou a ser comemorado como o Dia de São Valentim. De início, esse passou a ser, também, o Dia dos Namorados nos países de origem saxônica, como Inglaterra e Estados Unidos e, hoje, praticamente em todos os países ocidentais.

No Brasil, entretanto, a história é um pouco diferente. No final dos anos 40, a rede paulista de lojas Clipper – que hoje já não existe mais – encomendou à agência de publicidade Standart uma campanha publicitária para incentivar suas vendas no mês de junho, bastante fraco após as comemorações do Dia das Mães, em maio.

Dia dos namorados

A São Valentim ou Santo Antônio de Lisboa

A agência, então, copiou dos Estados Unidos a ideia do Dia dos Namorados, só que, em vez de 14 de fevereiro, tiveram a ideia de colocá-lo dia 12 de junho, um dia antes do dedicado a Santo Antônio de Lisboa, o santo português tido como casamenteiro pelas moças em busca de matrimônio. E a moda pegou, em todo País. Por isso, hoje, o Dia dos Namorados, no Brasil, é comemorado em data diferente de todos os demais países ocidentais.

E não celebramos a história de amor de São Valentim, mas, a data consagrada a Santo Antônio de Lisboa, com um dia de antecedência. Qualquer que seja a origem, entretanto, o que importa é a celebração do amor entre casais – ou por aqueles que buscam solidificar a aliança amorosa.

Outras alternativas para a mesma história

O comércio, claro, agradece penhoradamente, a cada mês de junho, a ideia genial da agência Standard, pois o mês de junho transformou-se num dos mais importantes para as vendas do comércio em todo País. Só perde em importância para o Natal, que continua imbatível para o faturamento de lojas, comércio e boa parte da indústria brasileira, especialmente fabricante de brinquedos, roupas e mimos em geral.

Para os historiadores, entretanto, embora ninguém duvide inteiramente das peripécias de São Valentim enquanto em vida, a história do Dia dos Namorados ainda não está devidamente bem contada. Existem outras alternativas históricas a serem levadas em consideração. E, por coincidência, também no 14 de fevereiro.

Uma festa para garantir a fecundidade

Na Roma antiga, dizem esses historiadores, o 14 de fevereiro era marcado por algumas festas de suas antigas religiões, na época do politeísmo. Uma delas era a Lupercália, que celebrava a fertilidade, numa homenagem a Juno, deusa da mulher e do casamento, e Pan, deus da natureza. E, por coincidência, esse dia também marcava o início da primavera (o que não ocorre mais em nossos dias).

Nesse dia, as moças e mulheres da cidade faziam uma passeata, em que os sacerdotes participavam batendo levemente em cada uma com uma espécie de relho de couro para assegurar-lhes a sua fecundidade futura.

Dia dos namorados

Criação moderna de ingleses e franceses

Enfim, versões é o que não faltam para garantir boas festas e muitos presentes aos namorados no seu dia, seja em 14 de fevereiro, na Europa e Estados Unidos, ou no 12 de junho, antecedendo o dia de Santo Antônio de Lisboa no Brasil, o nosso já consagrado Dia dos Namorados.

São Valentim, em todo caso, não foi sempre homenageado como patrono dos namorados seja na Europa ou Estados Unidos. Apenas no século XVII os ingleses e franceses começaram a fazer essa celebração, criando o Saint Valentine’s Day, transformado também no Dia dos Namorados nos Estados Unidos no século seguinte.

Primeiro dia para pássaros namorar

É bom também levar em consideração outro fato que pode ter ajudado a transformar o 14 de fevereiro no Dia dos Namorados na Europa e América do Norte. Como seria o primeiro dia da primavera, na Idade Média considerava-se que esse era, também, o primeiro dia de acasalamento dos pássaros.

Por isso, os namorados da época feudal usavam esse como o seu Dia dos Namorados, deixando mensagens de amor na soleira da porta ou janela do amado oposto – o namorado ou namorada.

US$ 5.000 vendidos em cartões

Não há, portanto, falta de motivos para você encher de amor, beijos e demonstrações de carinho ao seu amado, neste e todos os demais Dia dos Namorados. A ideia de dar presentes e enviar cartas ou cartões, nos Estados Unidos, consolidou-se em 1840, depois que uma moça – Esther Howland – vendeu pouco mais de US$ 5.000 em cartões, cifra extraordinária para a época.

A partir, enviar cartões também tornou-se em comércio bastante lucrativo – como tudo, aliás, nestes Dia dos Namorados.

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