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Cleptomaníaco é aquele que não consegue controlar o impulso de roubar

Em novelas, livros e filmes, é absolutamente comum encontrar um personagem que está roubando alguma coisa sem motivos, apenas pelo prazer deste ato em si. Mas não é comum apresenta-lo como cleptomaníaco, um problema psiquiátrico que se tornou comum em diversos países do mundo. Também vale destacar que o problema é muito maior do que o desejo de roubar.

Trata-se de um distúrbio raríssimo e que afeta todo o funcionamento comportamental, já que a pessoa diagnosticada tem muita dificuldade de controlar os próprios impulsos e acaba cometendo atos que prejudicam a si mesmo. Não uma linha de raciocínio a ser compreendida nestes casos de cleptomania, o que dificulta a premonição do que irá ser feito na sequência. A doença apresenta diversos sinais e precisa ser tratada.

O que é a cleptomania?

A cleptomania é um transtorno mental que não é passível de cura, mas que também é conhecido como um transtorno que potencializa todos os impulsos. É possível que o próprio paciente note o desenvolvimento desta postura e possa ir atrás de ajuda. Como grande parte dos problemas psicológicos, não se sabe ao certo como ele pode começar, mas há uma linha de pesquisa que indica a influência genética familiar.

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Por isso, é comum ver pessoas da mesma família apresentando o mesmo problema. Ou até mesmo apresentando algum outro problema psicológico, abordando outros sintomas. Existem remédios e tratamentos direcionados para esta doença, mas os especialistas afirmam que não existe uma cura. É possível conviver com o problema e ir administrando cada crise gerada por um impulso.

Sintomas da cleptomania

É possível notar a presença do cleptomaníaco em uma série de comportamentos repetidos pelo paciente. Mas vale destacar que o tratamento é fundamental para que ele possa obter uma nova postura perante ao impulsos.


Impulso de roubas objetos

Destacamos que esta não é a única característica do cleptomaníaco, e que nem todas as pessoas que roubam são, de fato, cleptomaníacas. Mas não resistir ao impulso de pegar algo que não lhe pertence é uma das características mais claras do transtorno. Para quem vive a situação, parece que pegar ou não deixará de ter consequências.

Nesse contexto, fica clara a motivação pela qual a pessoa está roubando. Não é um objetivo claro, como ficar rico ou pegar algo que deseja muito. Mas é a resposta que o corpo gera a partir de um simples impulso, que é a vontade de pegar determinado objeto. Esse transtorno pode ser identificado com maior facilidade em lojas que vendem objetos de menor porte.

Também é evidente que o cleptomaníaco não é capaz de traçar uma estratégia para cometer um crime. Ele simplesmente comete no calor do momento, observando a possibilidade de realizar a ação de forma rápida. Por isso, é tão complicado identificar as intenções da pessoa e tão menos antecipar o próximo passo.

 Aumento do volume de itens

Quando começa a roubar, o cleptomaníaco verifica a possibilidade de não ser pego e começa a ampliar as possibilidades. Ele começa a identificar itens totalmente inúteis para o dia a dia, mas realiza o roubo mesmo assim. No fim das contas, acaba com uma grande coleção de objetos roubados sem uma mínima motivação para ter feito tudo isso. É raro que um paciente fique com tudo, pois o que geralmente acontece é que viram doações ou presentes.

Cleptomaníaco

Mistura de emoções

Depois de ceder aos impulsos, o paciente com cleptomania raramente não parte para uma fase de lamentações. Ele se sente absolutamente culpado por não conseguir controlar os próprios desejos. Isso faz com que a pessoa desenvolva uma grande ansiedade, pois nunca se sabe qual será o próximo ato. Mas, em alguns casos, é possível que o infrator ainda sinta prazer e satisfação logo após cometer o crime.

Nestes casos, é muito complicado que o paciente consiga admitir que está com problemas psicológicos. E a evidência do problema de saúde fica ainda maior quando se trata de uma reincidência, pois a síndrome não permite que os roubos parem mesmo após uma punição severa. Isso pode explicar uma série de reincidentes em furtos simples realizados praticamente todos os dias.

Formas de tratamento

Existem algumas linhas de terapias indicadas para quem possui cleptomania. As mais famosas são a terapia comportamental, a terapia cognitiva e a dessensibilização sistemática. Também são aplicadas a sensibilização secreta e a terapia da aversão, ampliando o leque de caminhos a serem seguidos.

A cognição faz com que diversos pensamentos negativos possam se tornar em positivos, o que pode incluir os impulsos. A comportamental vai em uma linha voltada para as atitudes, tentando educar o paciente a controlar os desejos que considera errados. no caso da dessensibilização, a ideia é fazer com que todos os medos e traumas sejam superados, o que influencia diretamente no comportamento.

Mas no caso da cleptomania, é muito comum encontrar casos de terapeutas que optam pela aversão. Há o uso de práticas dolorosas para que a pessoa não sinta mais vontade de roubar, trazendo um comportamento psicológico renovado. Outra forma é o trabalho com as consequências altamente negativas que os roubos geram, o que acaba desanimando os infratores antes mesmo da realização. São citadas a possibilidade de cadeia e a humilhação pública.

Convivendo com a doença

O primeiro passo é, sem dúvidas, buscar por um tratamento psicológico. É uma missão praticamente impossível de superar apenas com a boa vontade. Mas é preciso conhecer as linhas da terapia para saber qual tratamento pode ser mais eficaz. A triagem de um profissional da área será fundamental para evitar este tipo de transtorno.

O problema não tem nenhuma relação com origem ou classe social, pois também já afetou pessoas extremamente ricas. Há casos famosos, como o da atriz Winona Ryder. Ela precisou de afastar de Hollywood para buscar tratamentos.

Com a sequência do tratamento, torna-se como o controle de um vício. Você nunca estará totalmente curado, mas conseguirá lidar com certos impulsos de forma mais assertiva. Não há um prazo para que você comece a corresponder ao tratamento, pois cada pessoa pode reagir de um jeito diferente. A principal questão é se manter consciente de que não é possível abandonar totalmente os cuidados exigidos a um cleptomaníaco.

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