Brexit é uma junção das palavras “British exit”, que traduzida para o português significa saída britânica.
Depois de 47 anos juntas, no dia 31 de janeiro de 2020, foi oficializada a saída da Inglaterra da União Europeia. Essa é a primeira vez que um país deixa a UE desde a sua criação em 1957.
O que é União Europeia?
União Europeia é uma união política econômica formada por vinte e oito países ou vinte e sete, sem o Reino Unido, e que permite a livre circulação de mercadorias e de pessoas entre os seus Estados membros.
Motivos do Brexit
Alguns especialistas afirmam que, durante esse tempo que a Inglaterra fez parte da União Europeia, ela manteve uma postura distante.
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Os britânicos não fizeram parte das seis nações fundadoras que, em 1957, formaram o tratado de Roma, foram eles: Alemanha, França, Bélgica, Itália, Países Baixos e Luxemburgo.
O Reino Unido se juntou à então chamada ‘Comunidade Econômica Europeia’ apenas em 1973, mas a motivação sempre foi econômica e não de integração política ou territorial, e isso foi uma peça chave em sua relação histórica com a União Europeia.
Isso também ficou evidente quando, em 1992, foi firmado o tratado de maastricht, que preparou um caminho para uma união monetária e uma maior integração com os países. Naquela época, o Reino Unido negociou sua exclusão dessas políticas e, por isso, nunca mudou a sua moeda (desde sempre a moeda oficial é a Libra esterlina).
No Reino Unido, sempre houve um discurso conhecido como eurosceptic, com maior ou menor peso, de acordo com a época.
Em 2014, o partido de extrema direta ganhou forças nas eleições para o parlamento europeu, e isso foi um recado muito claro da insatisfação do eleitorado, que colocava em risco o próprio partido conservador.
Devido à essa situação, o primeiro ministro da época, David Cameron, prometeu na campanha de reeleição, um plebiscito para junho de 2016, o que deixou muitos britânicos felizes.
Após as votações, houve uma vitória apertada, 52% a favor do brexit e 48% contra. Isso deixou a União Europeia em choque e causou um verdadeiro terremoto político.
Nenhum país havia deixado a União Europeia até então, não havia precedentes de como isso aconteceria e o próprio Reino Unido não tina nenhum plano claro do que iria acontecer depois do brexit. Por isso, o processo foi e continua sendo muito complexo.
Nesses três anos e meio do plebiscito, houve três primeiros ministros, um parlamento britânico totalmente dividido, provando limites de suas próprias normas democráticas e até questionando o papel da rainha sobre a política.
O que vai acontecer agora?
No dia primeiro de fevereiro de 2020, o Reino Unido já não fará mais parte da União Europeia, mas terá um período de transição de 11 meses que ainda poderá ser ampliado.
Durante esses meses, a União Europeia e o governo britânico vão ter que definir a relação a longo prazo.
Ainda a partir do dia primeiro de fevereiro de 2020, o Reino Unido fica livre para negociar acordos de livre comércio com quem quiser.
Durante esses onze meses de transição, o Reino Unido não terá mais voz nem voto nas instituições europeias. Mas, na prática, não haverá mudanças para os cidadãos. Todas as regras vigentes continuarão valendo.
Além do comércio, muitos outros aspectos dessa relação serão decididos, por exemplo: aplicação da lei, compartilhamento de dados, segurança, acesso às águas para pesca, regras de imigração, etc.
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