Você já se perguntou qual o significado do código postal, aquela sequência numérica que toda rua tem e muitas vezes é solicitada para se fazer um cadastro em qualquer estabelecimento que utilize o serviço dos Correios, que aqui no Brasil é conhecida como CEP? Mais do que isso, sabe qual a sua função, porque é utilizada pela agência de serviços postais?
É uma dúvida que pode surgir principalmente para aqueles que não têm boa memória, que vivem esquecendo o código postal de seu logradouro, ou que acabam de se mudar de endereço e passam a confundir as bolas, misturar as duas sequências numéricas distintas e por isso questionando do por que se necessitar desse código para enviar e receber correspondências. “É RG, CPF, Reservista, número de telefone, é tanta coisa para decorar, bem que podiam aliviar o nosso lado um pouco”.
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Esse “podiam” é uma referência velada ao Governo Federal, mas saiba que o código postal, o CEP, não é uma jabuticaba brasileira, outros países também o adotam em seus sistemas de identificação de ruas, embora apresentem variações quanto dígitos, números e letras.
Para entender o que é código postal, porque é utilizado e como é constituído, basta prosseguir na leitura.
Confira os tópicos abaixo!
Definindo o código postal
Esse tal “código” é um conjunto de letras ou números, em sequência alfanumérica ou não, a depender do país, utilizado pelas administrações postais mundo afora para facilitar a identificação de logradouros, ruas, localidades dentro de um território nacional. Mais do que facilitar a identificação, o código postal serve para organizar o sistema de entrega de correspondência a enorme quantidade de endereços, de ruas, existentes dentro de um país.
Possíveis percalços com a falta de código postal
Mas se para os esquecidos seria uma boa não precisar memorizar ou andar com um papelzinho ou lembrete sobre o código postal de sua rua, é porque desconhecem a importância de se adotar esse sistema de identificação e dos transtornos que sua ausência pode provoca para o envio e entrega de mercadorias e cartas.
Esse sistema de identificação precisou ser idealizado e implantado, porque é comum ruas com nomes iguais no mesmo país, no mesmo estado ou até na mesma cidade. Ampliando o filtro para ruas com nomes semelhantes, as chances de equívoco aumentam consideravelmente.
Imagina você endereçar uma encomenda para Rua Wagner Silva, SP, e for entregue para a Rua Vagner Silva, MG? Apesar de se identificar os estados de origem, tudo que é operado por humano está sujeito a falha, sem contar que há os fatores de letra do remetente, humor dos profissionais, eficiência da gestão de recebimento e envio de mercadorias, enfim, o risco de um serviço mais falho, de problemas mais constantes (e para as más línguas isso parece impossível) aumentaria sem a utilização, a sistematização provocada pelo uso do código postal.
Além do risco de entrega em endereços errados, há também a possibilidade de maior morosidade de transporte das correspondências, pois uma vez a dúvida instaurada, se buscaria verificar junto ao remetente qual seria o endereço preciso, o que levaria a devolver o item postado para que um novo envio pudesse ser feito com as informações solicitadas.
O que sem dúvida não seria nada vantajoso e agradável para os usuários do serviço.
Código postal representa organização, padrão, diminuição de erros e atrasos.
O código postal no Brasil
No Brasil, como você bem sabe o código postal é chamado de CEP. Mas que termos formam essa abreviação?
CEP refere-se a Código de Endereçamento Postal e foi implementado pelos Correios em 1971. A época de sua criação, o CEP não era da forma como o conhecemos hoje, com cinco dígitos separados de mais três dígitos, totalizando 8, por hífen. Estreou no Brasil contando com apenas cinco dígitos.
O modelo pelo qual nos habituamos foi decretado em 1992, instituindo o hífen e os outros três dígitos, modelo que permanece até o momento.
Como é formada a sequência numérica do Código Postal?
Ok, você já entendeu o que é e para que serve o código postal, mas como essa sequência de números é formada? Por acaso seria uma escolha aleatória?
Claro que não. E lembrando que no Brasil a sequência do CEP não é alfanumérica, se restringe a apenas números.
A seleção do grupo numérico para designar, vincular, associar uma rua de um Estado ou cidade a essa sequência ocorre da seguinte forma:
- O primeiro número da primeira parte do código postal, a esquerda do hífen, que integra a primeira sequência de 5 dígitos, está relacionada a Região em que se localiza a rua a se enumerar. Ou seja, cada região do país recebe um número específico;
- O segundo número dessa primeira série do Código de Endereçamento Postal, diz respeito a Sub-Região, o que equivaleria ao Estado da região apontada. Por exemplo, a rua localiza-se na região sudeste e está inserida na sub-região, Estado, São Paulo;
- O terceiro número da primeira sequência do código postal é conhecido dentro do sistema dos Correios como Setor, o que equivaleria ao município em que o logradouro está situado;
- O quarto dígito é chamado de subsetor e, como pode prever a essa altura, refere-se ao bairro da cidade que se encontra o endereço em questão;
- O quinto dígito está relacionado a quadra, comunidade, vilarejo, fazenda etc, uma subdivisão dentro do bairro. Esse quinto dígito é chamado de Divisor de Subsetor;
- Por fim, temos a sequência que se posiciona a direita do hífen, os três números finais, inseridos na década de 90, que totalizam a soma de 8 dígitos do CEP no qual o conhecemos hoje. Esses dígitos finais representam, dentro desse sistema de identificação de ruas adotada pelos Correios que se denomina código postal, os identificadores de distribuição.
E o que viria a ser isso? São nada mais do que os números de identificação do centro de distribuição responsável por entregar as correspondências aos destinatários da região específica, o número de identificação da agência dos Correios mais próximas.
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