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Meritocracia: o que é? ela existe? Descubra aqui!

O que significa meritocracia

Meritocracia vem do latim ‘meritum’ e do grego ‘cracía’, que significa, respectivamente, ‘mérito’ e ‘poder’. Logo, a palavra meritocracia pode ser conceituada, literalmente, como ‘poder do mérito’.

No entanto, de acordo com o dicionário da língua portuguesa, o termo faz referência a conquistas e modelos de premiações baseado na capacidade intelectual ou no esforço de cada indivíduo. Ou seja, de acordo com essa definição, todo o avanço e vitórias de uma pessoa dentro da sua área profissional e dentro da sociedade, é exclusivamente consequência de seu esforços.

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Logo, de acordo com esse pensamento, as melhores posições profissionais e sociais estão diretamente ligadas e supostamente ocupadas por indivíduos que apresentem um maior nível de conhecimento, melhores valores morais e educacionais e que apresentem as maiores e melhores qualificações.


O termo foi utilizado pela primeira vez na obra “O Levantar da Meritocracia” (1958) de Michael Young, onde a estória conta que a expressão relacionava-se aos princípios básicos de uma sociedade regida por uma inteligência elevada e esforços dos cidadãos.

Essa obra, na verdade, é uma crítica do que de fato se trata a meritocracia e da maneira pela qual ela é ‘medida’.


A meritocracia ainda é um sistema muito forte dentro da nossa realidade, apesar de não condizer com a realidade. Dentro de empresas, por exemplo, ela é adotada como uma forma de recompensar e/ou valorizar os melhores profissionais que se destacam de alguma forma. Para isso, aumentos salariais, bônus, viagens e até mesmo cargos superiores são ofertados para queles que possuem um “maior mérito”.

Ou seja, dentro de empresas, corporações e organizações, essa é uma tática usada para motivar os empregados a oferecerem o melhor para o empregador e, dessa forma, colherem o fruto de sua dedicação.

Meritocracia existe?

Alguns estudiosos afirmam que apesar dessa romantização da expressão, a meritocracia não pode ser considerada um sistema justo e que demonstra a consequência de esforços de qualquer indivíduo, pois as conquistas profissionais e sociais vão muito além de meros esforços. Elas estão, principalmente, associadas as oportunidades (ou falta delas) que são ofertadas aos indivíduos ao decorrer de suas vidas.

Para entender melhor essa linha de pensamente, peguemos como exemplo uma pessoa que cresceu em uma família com um maior poder aquisitivo, com acesso a um melhor nível de educação, de apoio emocional, financeiro, etc. Essa pessoa terá muito mais oportunidades do que uma pessoa que nasceu no meio da pobreza e nem mesmo teve acesso a condições básicas de vida, imagine à educação.

A critica a esse sistema, portanto, está relacionado ao fato de que esforços e dedicações não são o único meio de adquirir uma melhor posição dentro de diversas áreas, mas também está relacionado com a realidade de cada pessoa.

Por isso, para muitas pessoas a meritocracia não existe, pois ela não depende apenas da dedicação de um indivíduo.

Meritocracia no Brasil

É muito comum ouvirmos que pessoas que conseguiram entrar em uma faculdade renomada, em um curso renomado, que conseguiram ocupar um cargo público, conseguiram por mérito próprio. No entanto, como vimos acima, não é bem assim.

A realidade do Brasil impede que exista a possibilidade de afirmar que todos os cidadãos estejam qualificados para competir por vagas profissionais, educacionais ou sociais com equidade.

A desigualdade econômica e social que existe no nosso país é gigante. Enquanto alguns possuem uma posição mais privilegiada e podem usufruir de luxos ou de condições básicas de subsistência, outros se quer sabem o que é isso.

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Jessica Ribeiro