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O que é uma crise existencial? Entenda aqui

Quem passa por uma crise existencial começa a questionar os próprios fundamentos da sua vida, e se pergunta se a vida tem algum sentido, algum propósito e até mesmo algum valor.

Estas questões envolvendo o sentido e o propósito da existência são os principais temas do Existencialismo, que é uma escola filosófica.

Um período de crise existencial é caracterizado por uma introspecção, de muita análise e de percepção da própria existência e repressão psicológica.

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O que causa uma crise existencial?

A crise existencial pode ter um início em inúmeros diferentes eventos da vida. Geralmente estes eventos despertam uma grande quantidade de sentimentos e que levam as pessoas a se questionarem. Pode se dizer que alguns destes eventos são:

  • casamento,
  • uma grande perda,
  • trauma psicológico,
  • morte de alguém querido,
  • divórcio,
  • experiência de ficar entre a vida e a morte,
  • uso de drogas, um novo parceiro,
  • atingir certa idade (30 anos, 40 anos, 50 anos, etc.),
  • filhos saindo de casa

Cuidado para não se confundir

Esses períodos de introspecção podem ser confundidos com outras condições psicológicas e físicas. Assim sendo, as condições são:


  • privação de sono,
  • isolamento por longos períodos,
  • traumas psicológicos,
  • depressão,
  • insatisfações com a própria vida,
  • procurar pelo sentido da vida,
  • sentimento constante de isolamento do mundo

crise existencial

Visão filosófica da crise existencial

O filósofo norueguês Wessel Zapffe, que é adepto do niilismo e do antinatalismo mostrou quatro formas diferentes para lidar com a crise existencial. Ele acredita que todos os seres ditos auto-conscientes, se utilizam destas formas para conseguir lidar com a indiferença e o absurdo da existência. Estas formas são a ancoragem, o isolamento, a distração e a sublimação.

Ancoragem

A primeira forma, que é chamada de ancoragem, consiste em fixar os pontos ou em construir barreiras em torno do espírito que combatente da consciência. Com isto, este mecanismo dá às pessoas um ideal ou um valor, permitindo-lhes focar a atenção em algo de forma consistente.

Segundo ele, a própria sociedade era uma forma de ancoragem. Ele citou como exemplo Deus, a Igreja, o Estado, a moralidade, o destino, o povo, as leis da vida e o futuro.

Isolamento

A outra forma de tratar uma crise existencial consistiria no desligamento de todos os tipos de sentimentos e pensamentos destrutivos e que sejam capazes de perturbar a consciência.

Distração

A próxima forma de tratamento é a distração. Durante esta etapa é importante que a pessoa limite a atenção dada a certas coisas. Com a distração o intuito é que toda a atenção e energia seja direcionada para outra tarefa. Evitando assim que a mente possa se fechar em si mesma.

Sublimação

E, por fim, viria a etapa de sublimação. Este é o período no qual a energia seria redirecionada dos pontos negativos para os pontos positivos. Isto resultaria em um distanciamento, permitindo que os indivíduos enxergarem com distância a sua existência. Um bom exemplo disto é o trabalho desenvolvido por muitos artistas como pintores, escritores e poetas.

Reconheça se está passando por uma crise existencial

Este é um momento comum na vida do ser humano, e que pode ocorrer a qualquer momento da vida. Saber reconhece-la auxilia o autoconhecimento, o amadurecimento, o crescimento pessoal e a transformação do indivíduo.

É importante que os sintomas sejam trabalhados, principalmente por psicólogos profissionais. Para não se transformar em fobias, depressão ou transtornos.

1. Cansaço mental e ansiedade

A fadiga mental é um dos sinais mais comuns durante uma crise existencial.

Geralmente, por mais que a pessoa aparente ser calma e introspectiva, o caos impera na sua mente. Milhares de pensamentos, geralmente pessimistas, passam a fazer parte do dia-a-dia do indivíduo. Com isto, a pessoa tende a se sentir ansiosa.

A soma destes fatores, por levar a um esgotamento da mente, que assim como os músculo do corpo, também precisa de descanso após atividades intensas. O resultado disto é que o stress aumenta e outros sintomas podem surgir.

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2. Evita contato com outras pessoas

Com a mente agitada, a pessoa que está passando por uma crise existente tende a preferir o isolamento. Isto ocorre como uma tentativa de equilibrar os pensamentos.

Finalmente, a pessoa não se sente disposta a fazer nenhum tipo de programa social, e acaba preferindo ficar em casa, sozinho, ouvindo música ou assistindo a filmes e séries.

3. Desânimo e pessimismo

Como ela surge a partir de eventos marcantes e momentos difíceis ou traumáticos na vida das pessoas. Com isto, os pensamentos e as ideias de derrota passam a ser a maioria para quem está passando por esta crise.

O indivíduo passa então a refletir sobre a vida, questionar seus valores e decisões. Como há mais perguntas do que respostas, a pessoa se sente impotente. Com isso, uma forte sensação de pessimismo e de desânimo toma conta do indivíduo.

4. Se sentir perdido constantemente

Esta talvez seja a principal forma como a pessoa se sente durante uma crise existencial. Há uma grande sensação de incerteza, de desnorteamento e até mesmo de insegurança. A pessoa não sabe como agir e o que desejar para o seu futuro. A sensação de impotência e de passividade chega a ser agoniante. Sem o tratamento médico correto, o resultado é a evolução este quadro  para uma depressão.

5. Alterações no apetite e na qualidade do sono

Com todo este turbilhão de sentimentos, os resultados e sintomas da crise começam a se manifestar fisicamente. As primeiras a aparecerem são alterações de sono e de apetite.

Relatos de pessoas vivenciando insônia são muito comuns. O cérebro trabalha tanto que não consegue descansar, o que é extremamente importante para manter uma saúde mental.

O apetite também pode sofrer alterações. Algumas pessoas podem comer desenfreadamente, enquanto que outras perdem completamente a fome.

 

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