Exoplaneta – ou, como também é conhecido, planeta extrasolar – é o como se chama os planetas que estejam na órbita de outra estrela diferente do Sol. Compreende-se como sendo um planeta pertencente a um sistema que não seja o Solar.
Os exoplanetas são subprodutos, ou seja, são os restos oriundos da formação das nuvens de poeira e gás que dão origem aos conjuntos estelares. Eles são objetos bastante abundantes dentro do universo, tendo como quantitativo equiparável ao das estrelas nas galáxias.
Parametrizando com a diversidade do sistema planetário em que vivemos, não é surpresa que os planetas extrasolares apresentem tamanhos e composições químicas variadas. Eles vão de pequenas massas rochosas a gigantescos compostos onde se predomina o gás.
A descoberta do exoplaneta
Apesar da abundância de sua presença, o exoplaneta é um corpo celeste difícil de detectar. É encontrado majoritariamente através dos indícios mais indiretos. Isso acontece porque o brilho dos exoplanetas é sempre bem menor que o brilho das estrelas que eles orbitam. Isso torna direta a sua observação, pelo menos ante a tecnologia que possuímos no momento.
Veja também – Significado de clichê
Da mistura de instrumentos astrofísicos utilizados na busca por planetas extrasolares, empregam-se – de forma sistemática – as técnicas de:
- Microlente gravitacional;
- Imagem direta;
- Astrometria;
- Velocidade radial;
- Trânsito.
Estas três primeiras, somadas, atendem por pouco menos que 4% do montante total das descobertas de exoplanetas. Isso evidencia que existe uma hegemonia nas técnicas de velocidade radial e trânsito dentro dos campos de pesquisas.
Nas técnicas de trânsito, responsáveis por quase 80% das descobertas, os exoplanetas são detectados quando se interpõem, dentro do movimento da órbita, entre o observador e as estrelas que eles orbitam.
A presença do planeta extrasolar é observada quando é possível fazer a verificação da diminuição periódica do brilho estelar. Este pode estar associado à uma interceptação de forma parcial de luz por corpos celestes em órbita.
As técnicas de velocidade radial atendem por quase 20% das descobertas. Elas detectam um exoplaneta com base no seu efeito gravitacional sobre a estrela em que faz sua órbita.
A presença dos exoplanetas faz com que as estrelas, vistas da Terra, apresentem pequenos movimentos oscilatórios. A velocidade desses movimentos que vão em direção ao observador alteram periodicamente as cores das luzes estelares captadas. Essa alteração, correspondente a uma variante da frequência das luzes emitidas pelas estrelas, é bem explicada por meio do efeito Doppler.
Outras ferramentas para a descoberta dos planetas extrasolares
Desde que foi confirmada a primeira localização de um planeta extrasolar, no ano de 1995, diversas ferramentas sobressaíram-se pela contribuição nas buscas.
Ferramentas como o satélite CoRoT e os telescópios espaciais Spitzer e Hubble foram capazes de detectar várias centenas de intrigantes exoplanetas na 1ª década do século XXI.
No entanto, o mais eficaz de todos eles nessa árdua tarefa foi o telescópio do espaço Kepler. Ele teve seu lançamento feito pela NASA no ano de 2009 e acabou sendo o responsável por cerca de 72% de todos os planetas extrasolares confirmados.
E por conta desse grande esforço da comunidade científica, já podemos contar aproximadamente 3.705 exemplares de exoplanetas. Estes foram validados devido a várias observações e foram distribuídos entre 2.760 sistemas planetários. Existem mais 4.496 outras detecções que estão aguardando para obterem a confirmação, que tem como probabilidade um percentual que chega a 90%.
Daqui a poucos anos, provavelmente os exoplanetas ultrapassarão centenas de milhares já detectados. Além de comprovar a teoria das formações estelares, o quantitativo excessivo de planetas extrasolares abre abundantes perspectivas de pesquisas.
Áreas como geologia, química e biologia possivelmente encontrarão, nesses novos mundos, em aspectos tão diversificados da Terra, campos férteis para que se desenvolvam outras teorias. Tudo leva a crer que os estudos sobre os exoplanetas se consolidarão como frentes deveras promissoras da nossa ciência moderna.
Como um exoplaneta é nomeado?
Em dezembro do ano de 2015, foram nomeados 31 exoplanetas e 14 estrelas. Os nomes foram selecionados por voto popular e depois por uma eleição com validade determinada pela IAU (União Astronômica Internacional).
Foram cerca de 182 países contando um total de aproximadamente 500.000 votos para escolherem os nomes. E como isso se deu?
O nome de determinada estrela é dado com base na constelação ao qual ela se encontra. Já o nome de uma constelação se precede pela ordem de luminosidade da dita estrela. Ela tem a representação feita por letras latinas, gregas ou números, dependendo do posicionamento da estrela.
Um planeta recebe o nome com base na estrela em que orbita. É seguido por letras latinas, um b para planeta descoberto primeiro, um c para o planeta seguinte, etc.
Na listagem abaixo, temos os nomes das estrelas e os nomes dos planetas para cada um dos sistemas planetários.
Alguns nomes dados aos exoplanetas descobertos pela sonda Kepler
HAT-P-11b (Kepler-3b) | TrES-2b (Kepler-1b) | HAT-P-7b (Kepler-2b) | Kepler-200c | Kepler-200b |
Kepler-199c | Kepler-199b | Kepler-198d | Kepler-198c | Kepler-198b |
Kepler-197e | Kepler-197d | Kepler-197c | Kepler-197b | Kepler-196c |
Kepler-196b | Kepler-195c | Kepler-195b | Kepler-194d | Kepler-194c |
Kepler-194b | Kepler-193c | Kepler-193b | Kepler-192d | Kepler-192c |
Kepler-192b | Kepler-191d | Kepler-191c | Kepler-191b | Kepler-190c |
Kepler-190b | Kepler-189c | Kepler-189b | Kepler-188c | Kepler-188b |
Kepler-187c | Kepler-187b | Kepler-186f | Kepler-186e | Kepler-186d |
Kepler-186c | Kepler-186b | Kepler-185c | Kepler-185b | Kepler-184d |
Kepler-184c | Kepler-184b | Kepler-183c | Kepler-183b | Kepler-182c |
Kepler-182b | Kepler-181c | Kepler-181b | Kepler-180c | Kepler-180b |
Kepler-179c | Kepler-179b | Kepler-178d | Kepler-178c | Kepler-178b |
Kepler-177c | Kepler-177b | Kepler-177b | Kepler-176e | Kepler-176d |
Kepler-176c | Kepler-176b | Kepler-175c | Kepler-175b | Kepler-174d |
Kepler-174c | Kepler-174b | Kepler-173c | Kepler-173b | Kepler-172e |
Kepler-172d | Kepler-172c | Kepler-172b | Kepler-171d | Kepler-171c |
Kepler-171b | Kepler-170c | Kepler-170b | Kepler-169f | Kepler-169e |
Kepler-169d | Kepler-169c | Kepler-169b | Kepler-168c | Kepler-168b |
Kepler-167e | Kepler-167d | Kepler-167c | Kepler-167b | Kepler-166d |
Kepler-166c | Kepler-166b | Kepler-165c | Kepler-165b | Kepler-164d |
Kepler-164c | Kepler-164b | Kepler-163c | Kepler-163b | Kepler-162c |
Kepler-162b | Kepler-161c | Kepler-161b | Kepler-160c | Kepler-160b |
Kepler-159c | Kepler-159b | Kepler-158c | Kepler-158b | Kepler-157d |
Kepler-157c | Kepler-157b | Kepler-156c | Kepler-156b | Kepler-155c |
Kepler-155b | Kepler-154f | Kepler-154e | Kepler-154d | Kepler-154c |
Kepler-154b | Kepler-153c | Kepler-153b | Kepler-152c | Kepler-152b |
Kepler-151c | Kepler-151b | Kepler-150f | Kepler-150e | Kepler-150d |
Kepler-150c | Kepler-150b | Kepler-149d | Kepler-149c | Kepler-149b |
Kepler-148d | Kepler-148c | Kepler-148b | Kepler-147c | Kepler-147b |
Kepler-146c | Kepler-146b | Kepler-145c | Kepler-145b | Kepler-144c |
Kepler-144b | Kepler-143c | Kepler-143b | Kepler-142d | Kepler-142c |
Kepler-142b | Kepler-141c | Kepler-141b | Kepler-140c | Kepler-140b |
Kepler-139c | Kepler-139b | Kepler-138c | Kepler-138b | Kepler-137c |
Kepler-137b | Kepler-136c | Kepler-136b | Kepler-135c | Kepler-135b |
Kepler-134c | Kepler-134b | Kepler-133c | Kepler-133b | Kepler-132e |
Kepler-132d | Kepler-132c | Kepler-132b | Kepler-131c | Kepler-131b |
Kepler-130d | Kepler-130c | Kepler-130b | Kepler-130b | Kepler-129b |