O que significa o termo Eclesiástico?
Eclesiástico é a característica dada a alguém pertencente à igreja, ao clero e sacerdócio, ou seja, seu corpo ministerial de obreiros, líderes religiosos e administradores.
É o adjetivo concedido a qualquer membro pertencente à igreja: autoridades eclesiásticas, mas também pode referir-se aos quatro modos autênticos da música sacra ocidental, ao tribunal de justiça canônica da igreja católica ou ao texto do antigo testamento da Bíblia, Eclesiastes.
Origem da palavra Eclesiástico:
Do grego “ekklesiastikós” pelo latim “ecclesiaticus”, tendo o significado de ‘assembleia do povo’ ou ‘alguém que fala para uma assembleia’.
Livro de Eclesiastes
É um dos livros de sabedoria da Bíblia escrito pelo rei Salomão. Nele, podemos encontrar lições sobre a vida, com reflexões profundas, mas também conselhos práticos.
Eclesiastes leva o leitor a pensar nas coisas em que ele deposita sua confiança, assim como o faz questionar sobre qual é o sentido da vida, de onde vem a verdadeira satisfação, se existe justiça no mundo, como viver uma vida de valor, etc.
Embora o livro não revele respostas fáceis, ele ensina lições profundas, fazendo com que muitas pessoas se identifiquem com os sentimentos expressos.
Tribunal Eclesiástico
O tribunal eclesiástico é um tribunal da igreja católica que é responsável por garantir a justiça canônica, fazendo com que os cristãos, após o tramite do julgamento, sigam o caminho correto para uma vida plana. Podemos dizer que o tribunal eclesiástico é um instrumento jurídico religioso que existe para garantir que conflitos que existam entre os fieis sejam resolvidos.
No tribunal eclesiástico são julgados fatos jurídicos declarados, tais como: divorcio, a validade ou não de um matrimônio, faltas contra o sacramento, desvios de pessoas do clero, etc.
Modos eclesiásticos
Modos eclesiásticos, também conhecidos como modos gregos, são tipos de escalas musicais.
A organização dos modos Eclesiásticos é normalmente atribuída ao Papa Gregório I e, por isso, também são chamados de modos Gregorianos ou de modos Litúrgicos. Juntos, formaram o sistema que durou até o final da Renascença, no início do século XVII.
O sistema inicialmente tinha oito modos, quatro autênticos e quatro plagais e, por isso, era chamado de Oktoechos.
O primeiro modo era chamado de Protus e começava com a sua fundamental, a nota Ré. O segundo modo era o Protus Plagal, que começava com a nota Lá, uma quarta abaixo de sua fundamental.
O terceiro modo era chamado de Deuterus e começava com a sua fundamental, Mi. O quarto modo era o Deuterus Plagal que começava com a nota Si, uma quarta abaixo de sua fundamental.
O quinto modo era chamado de Tritus e começava com a sua fundamental, Fá. O sexto modo era o Tritus Plagal, que começava com a nota Dó, uma quarta abaixo de sua fundamental.
O sétimo modo era chamado de Tetradus e começava com a sua fundamental, Sol. O oitavo modo era o Tetradus Plagal, que começava com a nota Ré, uma quarta abaixo de sua fundamental.
Entre os séculos IX e X, os modos foram rebatizados com os nomes dos antigos modos Gregos (porém, com a ordem trocada).
Protus, Deuterus, Tritus e Tetradus passaram a chamar Dórico, Frígio, Lídio e Mixolídio, respectivamente, sendo os quatro modos autênticos da música sacra ocidental.
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