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Tudo o que você precisa saber sobre paywall, o famoso “muro de pagamento”

Durante muitos anos milhões de jornais em todo o mundo – inclusive no Brasil – eram vendidos apenas de forma física. No entanto, com o passar das décadas e a chegada de novas tecnologias, esses veículos de comunicação precisaram achar novas formas de ganhar dinheiro, visto que os anúncios impressos já não tinham o mesmo valor – mesmo com muita persistência. Assim, levando diversos jornais a adotarem o modelo paywall.

Atualmente, o paywall é o principal meio de grandes jornais da internet ganharem dinheiro. Além de prático para muitos usuários, esse modelo traz o conforto de não precisar pagar pessoalmente por algo, atualmente utilizando apenas uma forma de pagamento automático como cartão de crédito, por exemplo.

O que é?

Paywall é um sistema que propõe cobrar um leitor, por exemplo, para que ele consiga consumir o conteúdo de um site ou plataforma especifica. Nele, será possível que o pagador tenha prioridade ou exclusividade sobre os usuários não pagantes. Normalmente, nesse modelo a empresa é cobrado um valor mensal, deixando o usuário isento de comprar diariamente um jornal físico.

Em tradução direta, a palavra paywall quer dizer “muro de pagamentos”, dando o sentido do pagamento ser uma espécie de barreira para um conteúdo. Para muitos sites, esse modelo é considerado uma salvação financeira, principalmente os veículos de comunicação como o New York Times, importante jornal norte-americano.


Esse modelo de assinaturas funciona através de um próprio serviço da empresa, necessitando apenas de um nome de usuário e senha para ter acesso total ao conteúdo. Devido esses serviços focarem na comodidade, muitas empresas utilizam de estratégias como múltiplos planos de assinatura, algo muito comum em sites que preferem propor uma ideia de exclusividade.

Para que serve paywall?

Nos dias atuais o paywall tem um papel muito importante para diversos serviços. Atualmente ele serve como um modelo de cobrança de assinaturas, comum em serviços de  como Spotify, Netflix e Amazon Prime.


Segundo especialistas, entre 2014 e 2015 as assinaturas para sistemas que utilizam o modelo apresentou um crescimento de 27% quando comprados. Assim, mostrando que, nos últimos anos, esse método vem ganhando cada vez mais popularidade e aceitação do público na totalidade. Dentre as principais jornais que utilizam o modelo, podemos destacar:

  • The New York Times
  • O Globo
  • The Guardian
  • Folha de São Paulo
  • Estadão
  • Exame

Atualmente, todos esses veículos de comunicação aderem a um modelo mais flexível, apresentando uma versão sem custos para o consumidor e com propagandas. Assim, podendo ser acessados por todos os públicos, mesmo que apresentem diversos conteúdos exclusivos apenas para os seus assinantes.

Paywall

Tipos de paywall

Apesar de ser conhecido por sua versão única de assinaturas, o paywall apresenta dois diferentes estilos de aplicação. Assim, facilitando e abrangendo diferentes propostas que a empresa desejam obter lucro. Conhecidos como rígido e flexível, esses dois tipos de paywall apresentam uma ideia de exclusividade parcial e total para o plano de negócio.

Rígido

Em sua forma de modelo rígido, podemos ver algo mais utilizado em planos de assinatura como Netflix e Amazon Prime. Ou seja, o modelo rígido é configurado somente por planos de exclusividade total. Assim, autorizando apenas que assinantes tenham total acesso a uma certa categoria de serviço através da internet.

Atualmente para acessar esse tipo de modelo é necessário criar uma conta e, na maior parte das vezes, de um cartão de crédito. Assim, permitindo maior comodidade tanto para o consumidor quanto para a empresa responsável pelo serviço. Nesses caso, o usuário poderá ver apenas uma amostra prévia do conteúdo, sempre com o intuito de chamar atenção para exclusividade.

Apesar de não fazer tanto sucesso, o modelo mais rígido apresenta muito retorno considerável em sites de colaboração como Patreon e Padrim, ambos responsáveis gerenciar assinantes em projetos independentes. Assim, ajudando desenvolvedores de baixa e média escala como escritores, pintores, produtores de conteúdo, jornais, dentre outros. Em troca, ocorre a liberação do produto ou conteúdo que seja de interesse do pagante.

Flexível

Já no modelo flexível, o público terá a opção de consumir o conteúdo de forma gratuita. No entanto, muitos sites mostram anúncios para manter os custo e obter lucro no conteúdo criado. Mesmo assim, esse modelo apresenta uma versão paga, portanto, contendo matérias exclusivas, caso seja um jornal digital.

Esse modelo, atualmente, é o mais utilizado por grandes jornais devido a chamar mais atenção para a qualidade do conteúdo. Segundo diversos pesquisados, o modelo flexível retem bem mais público, fazendo com que o site ou serviço apresente mais assinantes frequentes e recorrentes.

Ao que tudo indica, cerca de 58,5% dos sites utilizam o modelo flexível como principal forma de receita. Além disso, esse número fica ainda mais presente quando comprado aos sites rígidos que, atualmente, computam apenas 17% no meio jornalístico. Assim, mostrando a popularidade desse modelo em grandes veículos que obtém vasto renome pela sua qualidade e seu conteúdo pago.

Monetização do paywall

O monetização do paywall, nos dias atuais, rende bastante para o veículo de comunicação ou plataforma que o adote. Segundo especialistas, diversos jornais estariam extintos se não fossem esse modelo. Em questão de lucro, algumas empresas conseguem o valor acima dos 400 milhões de dólares por ano somente utilizando o modelo.

Mesmo assim, poucas empresas recorrem à variante rígida do modelo, principalmente por não serem tão aceitos pelo público. Assim, conseguintemente, não obtendo lucro esperado, muitas vezes por causa do baixo número de usuários na plataforma.

Por outro lado, o modelo flexível apresenta lucro bem acima da média em alguns sites. Em especial, para jornais como O Globo ou The Guardian. Além disso, os dados do The New York Times mostra uma receita de 200 milhões somente na forma de anúncio e campanhas publicitárias.

Portanto, mostrando os níveis que um site pode chegar com a aplicação do modelo. Vale lembrar que jornais como o NY Times tiveram sua origem ainda na média impressa. Assim, tendo que, ao longo do tempo, se adequar a modelos mais inovadores como o paywall.

Considerações finais

Em sumo, o paywall é um excelente modelo para grandes empresas de diversos ramos. Mesmo assim, ele é utilizado com maior frequência em grandes jornais digitais, grande parte adotando uma forma flexível do paywall. Assim, garantindo que milhares jornais que ficaram famosos por seu conteúdo impresso receba um maior destaque e reconhecimento, tento uma colaboração direta ou indireta nos lucros do veículo de comunicação que adotam o paywall.

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yasmin