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GVT (Global Village Telecom): tudo sobre a empresa

A GVT já não existe mais, mas antes de ser adquirida pela Telefônica e se fundir com a Vivo, a empresa criou um plano de expansão ambicioso e que ajudou a fazer dessa empresa mais uma alternativa para os consumidores brasileiros.

Siba mais sobre a história da GVT nesse artigo especial.

O que significa GTV?

GVT é a sigla para Global Village Telecom, empresa que prestava serviços de telecomunicações em todo o território brasileiro no início dos anos 2000.

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Com sua entrada no mercado nacional, que até então era dominado pela gigante espanhola Telefônica, os consumidores foram os principais beneficiados, pois passaram a ter mais uma opção na hora de escolher a melhor solução para os serviços de telefonia fixa e banda larga comercial e residencial.

Como surgiu a GVT?

A história da GVT do Brasil teve início com a formação de um consórcio composto pelas empresas Global Village Telecom, RSL e Com Tech Communications Technologies.


Enquanto a Global Village Telecom, de origem holandesa, detinha o controle do grupo com 78% das ações sob seu controle, as demais participantes do consórcio detinham percentuais muito menores no total de ações da empresa.

A Com Tech Communications Technologies possuía 20% das ações, enquanto a RSL detinha apenas 2% das ações do consórcio.

As atividades da empresa tiveram início no ano 2000, mas o processo de liberação junto a Agência Nacional de Telecomunicações teve início um ano antes, em 1999.

Amos Genish

Amos Genish é considerado o fundador da GVT no Brasil, e depois da venda das ações para a Telefônica ocupou o cargo de CEO da empresa.

Economista de formação e nascido em Tel Aviv, Amos deixou o comando da Vivo para se tornar o CEO da TIM, posição que ocupou até o final de 2018.

GVT

O que aconteceu com a GVT?

O início das operações da GVT no Brasil foi bastante animador para seus controladores, já que o mercado de telecomunicações brasileiro era dominado pela Telefônica em termos de telefonia, e pela NET nos serviços de tv a cabo.

Com preços bastante competitivos e oferecendo serviços de banda larga e telefonia fia loca e a distância para cientes residenciais e corporativos, a GVT ganhou uma boa fatia do mercado nacional.

Isso fez com que a empresa fosse a primeira do setor a ingressar na Bovespa, a bolsa de valores brasileira.

O grupo francês Vivendifez um primeiro esforço e acabou adquirindo 85% das ações da empresa em 2009, ficando os 15% restantes nas mãos de pequenos investidores.

No início de 2010 a Vivendi acabou por adquirir os 15% restantes das ações da GVT, assumindo assim 100% de seu capital acionário.

Quatro anos depois de comprar todas as ações da GVT, a Vivendi anunciou publicamente que havia vendido todas as ações da Global Village Telecom do Brasil para a Telefônica.

Uma das condições impostas pela empresa francesa era de que conseguisse uma participação na Telecom Itália, empresa que tem como acionista majoritária a Telefônica.

O acordo acabou sendo fechado com a Vivendi se tornando detentora de pouco mais de 5% da empresa de telecomunicações italiana, enquanto o grupo espanhol acabou fundindo a GVT com a Vivo, fazendo das duas uma única empresa.

O plano inicial era que a GVT continuasse atuando com essa marca por cerca de três anos até que fosse totalmente absorvida pela Vivo, mas o desaparecimento da GVT foi muito mais rápido do que isso.

Rapidamente a Vivo ocupou o lugar da GVT, e assim a Global Village Telecom deixou de existir.

GVT e o Greta Place to Work Institute

Durante seu período de atividades a GVT fez parte do ranking publicado pelo Great Place to Work figurando entre as cem melhores empresas para se trabalhar de todo o Brasil.

O GPTW é a maior autoridade mundial no trabalho, que oferece serviços de consultoria dirigido para que as empresas consigam extrair o melhor de seus funcionários para que assim possam atingir todos os seus objetivos de forma sustentável.

GVT

Problemas e reclamações

Assim como todas as demais empresas do setor de telecomunicações que atuam no Brasil, a GVT também foi alvo de muitas reclamações.

Essas reclamações normalmente giravam em torno da entrega do volume de dados contratados pelos clientes, que raríssimas vezes sequer chega próximo ao recomendado por lei.

Mesmo tendo iniciado suas atividades a tanto tempo, essas reclamações acompanharam a empresa durante toda a sua existência, e sem dúvida foram herdadas pela Vivo, que hoje é uma das campeãs de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor espalhados pelo país.

Que serviços a empresa oferecia?

A atuação da GVT durante o período que antecedeu sua aquisição pela Telefônica chegou a todas as regiões do Brasil, mas suas atividades foram concentradas nas regiões Sul, Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

O serviço de internet banda larga oferecido pela empresa utilizava as tecnologias de:

  • Fibra ótica;
  • ADSL;
  • ADSL2+.

Em 2010 o presidente da empresa no Brasil anunciou que o serviço de tv por assinatura passaria a fazer parte dos pacotes da GVT, a partir da segunda metade de 2011.

Além de serviços de telefonia e internet, a GVT também oferecia serviços de TV por assinatura via satélite que chegou a mais de 140 cidades em quase 20 estados do Brasil.

O objetivo da GVT nessa área era bastante ambicioso, já que a meta da empresa era ultrapassar a NET, líder absoluta do mercado há décadas, na quantidade de assinantes em apenas dois anos.

Essa meta seria cumprida em duas etapas, a primeira com início em 2011 onde seriam atendidas cidades como Fortaleza, Salvador, Goiânia e o ABC paulista.

A segunda etapa do projeto de expansão da GVT consistia em estender o serviço de tv por assinatura via satélite para todas as demais cidades onde a operadora já estivesse presente.

Conclusão

Assim como todas as empresas que atuam ou atuaram no setor de telecomunicações no Brasil, a GVT deixou muito a desejar no que diz respeito a entrega do mínimo contratado para seus clientes de banda larga, mesmo assim a empresa obteve ótimos desempenhos desde o início de suas atividades.

Isso fez com que despertasse o interesse da gigante espanhola, que consequentemente acabou fazendo com que a marca GVT fosse completamente absorvida pela Vivo.

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yasmin