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Entenda o que é arauto e qual é seu significado

Anteriormente, arauto era um mensageiro real ou oficial. Especialmente aquele que representavam um monarca em capacidade de embaixador durante a guerra.

Na Idade Média, arautos eram oficiais que organizavam torneios e outras funções. Isto é, anunciavam desafios, combatentes empunhados, etc. Mais tarde, arautos foram também empregados para organizar procissões, funerais, etc.

O termo também é usado para definir uma pessoa ou coisa que precede ou vem antes; precursor; presságio:

Exemplo

As andorinhas que retornam são os arautos da primavera.


Aplicado para pessoas ou coisas que proclamam ou anunciam.

Exemplo

Um bom jornal deve ser um arauto da verdade.

  • Arauto é também um conceito aplicado às artes, sobretudo para o cinema e literatura.
  • Dar notícias; anunciar; proclamar:
  • Uma campanha publicitária para anunciar um novo filme.
  • Para indicar ou sinalizar a vinda de; inaugurar.

Sinônimos e palavras relacionadas

  • Assessor
  • Prenúncio
  • Correio
  • Repórter
  • Precursor
  • Profeta
  • Sinal
  • Profecia
  • Notícia
  • Trombeta
  • Enviado
  • Emissário
  • Embaixador
  • Mensageiro
  • Proclamador
  • Estafeta
  • Informante
  • Porta voz
  • Carteiro
  • Portilhão

Origem

O uso original da palavra arauto e sua função na literatura começou entre a Idade Média e o Renascimento. Na época, certos homens detinham o título arauto. Esses homens eram mensageiros dos reis. Ou seja, eles anunciavam coisas. Como, por exemplo, início dos torneios, novas leis para o povo, convocações de guerra para seus inimigos, etc.

Afinal, naquela época não havia as telecomunicações modernas que a população dispõe hoje. Isto é, se um rei desejasse declarar algo, como guerra para outra nação, ele, naturalmente, nunca cumpria a tarefa pessoalmente. Essa era considerada uma manobra arriscada para a integridade da vida do rei.


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Além disso, ele provavelmente estaria ocupado lidando com comemorações e lidando com assuntos políticos. Assim sendo, ele mandaria seu arauto para representá-lo. Esse arauto era um sinal para as nações a recebê-los.

Ou seja, quando um arauto cavalgava em direção ao castelo de outra nação, isso era indício de que algo importante estava pra acontecer. Dependendo das bandeiras que eles usam, por exemplo, a nação já poderia começar a preparar seu exército antes que eles tivessem a chance de falar.

Sendo assim, é possível definir os arautos como alguém ou algo que é essencialmente um sinal do que está por vir. Apesar de parecer uma função ultrapassada e em desuso, o arauto ainda está presente no nosso cotidiano. Não da maneira como esteve antigamente, mas nos conteúdos que consumimos, sobretudo os literários.

Arauto

Arauto na literatura

A função exata do arauto na literatura está intimamente ligado à comunicação, como ocorria no passado. De fato, ele é um arquétipo de personagem que atua como um sinal de mudança iminente. Como, por exemplo, uma proclamação de conflito que se aproxima, como quando cavalgavam até outras nações.

Em suma, os arautos não precisam ser pessoas, eles também podem ser objetos ou eventos. Além disso, não precisa haver apenas um. Um arauto pode ser muitas coisas. Um gato preto atravessando a rua pode sinalizar 7 anos de má sorte.

Um exemplo clássico são as placas de aviso em Scooby-Doo. Em geral, elas dizem à turma para “entrar por sua conta e risco” e sinalizam que um mistério está em andamento. Derramar sua xícara de café pela manhã pode sinalizar um dia ruim.

Descobrir que seu país vizinho está realizando testes de armas nucleares pode sinalizar que a guerra está à espreita. Além disso, o título de uma história pode ser um arauto, podendo haver muitos outros arautos em uma história.

Contudo, o cenário mais típico é ter dois arautos principais. Um no começo, dizendo à platéia que o conflito está chegando. E um cerca de 10% ou 15% em uma narrativa que atua como apelo à ação do protagonista. Ambos dão um vislumbre do mundo desconhecido que está por vir.

As três funções de um arauto

Às vezes, um arauto realiza todas essas três funções. Às vezes, apenas uma. Se ele apenas realiza um, normalmente pode ser pensado como prenúncio.

Em ordem de importância, as funções são:

  • Eles prometem ao público que algo vai acontecer. Ou seja, eles prometem que a história está caminhando para algum evento, que está em direção a alguma conclusão.
  • Eles costumam atuar como um apelo à ação do protagonista. Um grande o suficiente para indicar os riscos envolvidos e motivá-los a realmente agir.
  • Eles dão ao público e ao protagonista um vislumbre do mundo desconhecido em que entrarão em breve.

Exemplos de arautos

A cena de abertura de Harry Potter é um exemplo conhecido de arauto. A cena mostra Albus Dumbledore conversando com a professora McGonagall. Juntos, eles entregam Harry, quando bebê, a sua tia e tio.

Eles discutem o antagonista Voldemort e como ele, sem dúvida, tentará encontrar e matar o jovem Potter. Primeiro, isso diz à platéia que, se ficarem por aqui, verão a conclusão desse conflito.

Segundo, é demonstrado o uso da magia, dando ao público uma visão do mundo mágico em que Harry entrará em breve.

Mais tarde, em Harry Potter, Hagrid entrega pessoalmente a carta de aceitação de Harry. Nesse momento, Hagrid age como um estereótipo de arauto para o protagonista.

Nos filmes de terror, um arauto de abertura geralmente começa durante os créditos de abertura. Ou seja, como aquela música sinistra. Por causa dela, os espectadores assistem às cenas iniciais com a expectativa de que algo ocorrerá.

As músicas iniciais costumam ser instrumentais de suspense, com violinos enervantes e introdutórios. Desse modo, quando os espectadores assistem a cena de um casal no começo de filme, eles deduzem que eles provavelmente morrerão.

A abertura de O Iluminado é apenas cinco minutos de uma família dirigindo em uma estrada montanhosa. Mas, no fundo, a música ameaçadora toca por muito tempo e garante ao espectador que algo horrível vai acontecer com a família.

Alguns autores e diretores têm notoriedade suficiente para que seu nome funcione como um arauto ou sinopse. Isto é, como um prenúncio que ocorre muito antes de alguém comprar seu livro ou filme.

Stephen King é um desses exemplos de arauto. O comprador pode presumir que, mesmo que o começo seja lento, algo grande está por vir. No cinema, Quentin Tarantino é um exemplo equivalente para o senso comum. Ao assistir um filme do diretor, o público supõe que o filme terminará com algum ato de violência.

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