Você deve conhecer um Hipster. Não, não no sentido de que é algo essencial na vida de qualquer pessoa sensata, deve conhecer por ser uma figura que se tornou comum encontrar em grupos sociais, na escola, no trabalho, na vizinhança. E acredite: a ideia de que estão se popularizando e impondo tendência, se forem bons Hipsters, é detestável, um pesadelo, um paradoxo desagradável e talvez insolúvel.
E se se trata de um tipo cada vez mais popular, presente, deve está se perguntando, que tipos de sujeitos são esses que não faço ideia? Quem são, o que há de diferentes neles? Quais são as suas principais características?
São essas dúvidas relacionadas a persona do Hipster de que iremos tratar neste post do Definição.Net.
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É bem possível que se identifique muito com o perfil e até que se descubra um. O que não é de estranhar já que o tipo existe desde que o mundo é mundo, ocorre que no começo dos anos 2000 passaram a ser classificados dessa forma, ganharam a terminologia fresquinha que veio direto da terra da Rainha.
Para se inteirar sobre o que é Hipster, continue na leitura.
Leia os tópicos abaixo.
Confira!
O que é Hipster? De onde surgiu? Como se alimenta? Como procria? Hoje, no… esquece.
O Hipster não tem absolutamente nada de diferente. É mais um panaca como eu e você. E isso é uma ideia detestável, pavorosa, horrível para um Hipster e seu esforço é justamente reverter esse quadro, demonstrar o contrário, de que não, não é igual a maioria, de que tem substância própria, personalidade, originalidade, que não se curva as convenções tradicionais, que não veio nessa vida para ser gado e simplesmente seguir a boiada.
Ok, vamos tentar ser um pouco mais claro, ilustrativo, utilizando um exemplo. É provável que sua mente vai clarear e lembrar de alguém, vai pensar: “sei de alguém que faz muito isso” ou “é muito eu”.
Vamos lá:
Está uma galera cantarolando uma música chiclete de momento, a mais tocada, famosa etc, e percebe um tipo destoante dos demais, que não se envolve, não participa da cantoria, parece bem reservado. Questionado, responde que não curte o gênero, a música, a cantora e prefere uma banda irlandesa que se veste de babuínos e toca com instrumentos de bambus reciclados na qual ninguém do seu grupo jamais ouviu falar.
Outro exemplo:
Está todo mundo comentando sobre a última aventura dos Vingadores no cinema e o Hipster comenta que não liga muito para esse tipo de estória, que já saturou, que não há nada de novo, que prefere muito mais a produção cinematográfica sul-coreana (que é boa mesmo, diga-se) atual, que é muito mais inovadora e interessante ou o cinema Tcheco de 1935.
O Hipster é o cara (ou “a cara”) que detesta o convencional, o chamado mainstream (termo britânico que designa as tendências e costumes mais em moda na atualidade e por isso seguidos pela maioria), a escolha mais óbvia. Gosta de ir contra a corrente, ser original, se distinguir da “boiada”, o que muitas vezes se reflete em escolhas exóticas, não só em relação a entretenimento, mas em outros aspectos, pois a busca do diferente, do original se estende para todos (ou quase todos) os campos de sua vida, como roupas, locais de lazer, comida etc.
Quando e onde surgiu o termo?
Apalavra Hipster deriva de “hip”, adjetivo inglês em uso desde 1940 e cujo significado é “descolado”, “inovador”, “original”. Esse grupo de pessoas, geralmente entre 15 e 25 anos, classe média, passaram a ser chamadas dessa forma no começo dos anos 2000.
Existem dois tipos de Hipster
Hipster natural
É o tipo que sempre existiu no mundo e provavelmente sempre vai existir. Ainda bem, pois seria insuportável viver em um planeta em que todos são iguais e gostam das mesmíssimas coisas. Individuo que naturalmente não consegue se sentir atraído pelo gosto da maioria, não porque queira chamar a atenção com o seu lado exótico, mas por realmente entender que as opções não tão óbvias têm de fato mais atrativos, lhe despertam mais atenção, lhe satisfazem mais.
E o que ele vai fazer? Renegá-las? Não, vai seguir aquilo que os seus gostos, o seu coração manda.
Mas com a popularização do ser Hipster, com o aumento da lente de observação sobre o tipo, com o consequente aumento de influência do estilo sob esse contexto, nos deparamos com o fenômeno do:
Hipster artificial (ou forçado)
É o sujeito, usando uma expressão popular, que quer “posar de diferentão” por entender que está na moda, que virou algo cool ser Hipster. O sujeito diz que gosta de ouvir determinadas bandas, ver determinados filmes, ler determinados livros, vestir determinadas roupas que fogem do radar da maioria, mas na verdade, se for investigar a fundo, o malandro só ouviu, viu, leu e vestiu o que alega ser a sua verdadeira paixão apenas uma vez na vida, apenas para poder falar com alguma propriedade sobre o assunto.
Na verdade, não curte tanto assim coisas diferentes e tem gostos comuns, o da maioria, mas resiste em demonstrar, não quer dá o braço a torcer, quer morrer representando um tipo que julga mais interessante.
A sua alma não é a do verdadeiro Hipster, o natural, é só um cara (e aqui, por força de síntese, entenda-se que estamos nos referindo tanto a homem como mulher) com um ego inflado, com desejos exibicionistas querendo chamar atenção ao ser muito exótico.
Características do Hipster
Você pode identificar um Hipster ao observar os seguintes aspectos:
Indumentária: Diferente. Não inteiramente diferente como vestir uma roupa de carne como a Lady Gaga, mas trazer algum item que não se vê muito em uso, geralmente resgatando peça antiga e misturando com itens mais modernos. A definição mais correta seria mistura de moderno com vintage.
Ah, detalhe importante. Se por acaso mais alguém passar a usar o figurino, este perde o encanto imediatamente e logo passa a usar outra roupa.
Estilo musical: tudo que fuja do mais popular, normalmente bandas indies.
Cinema: o que fuja do circuito comercial, algo que seja exibido só no Festival de Sundance, de Berlim ou equivalentes. A mesma lógica se reproduz para outras áreas culturais como literatura.
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