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Doutrina é um conjunto de princípios; pode ser religiosa, política, entre outros

Todo ensinamento a respeito de determinado assunto segue uma doutrina, um raciocínio que tenta explicar fatos e eventos por meio de um conjunto de crenças que apresentem uniformidade de pensamento, coesão.

Há doutrinas que são consideradas pontos pacíficos quanto a sua utilização para explicar determinados fenômenos. Exemplos são os princípios matemáticos que pregam que a soma de uma unidade mais outra unidade é igual ao dobro da primeira.

No entanto, há questões em que não se há respostas tão claras e para tentar explicá-las existem mais de uma doutrina. Doutrinas que muitas vezes se colidem e geram atritos.

Isso é mais visível e constante na política, por exemplo, onde há núcleos de poder que defendem modelos doutrinários de governo antagônicos como a solução da maioria dos problemas que afetam a sociedade.


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O mesmo ocorre com assuntos que envolvem questões existenciais clássicas como a origem do Homem, sua função na Terra e seu destino após a morte. A tentativa de explicar essas questões sem resposta gera doutrinas religiosas de diversos tipos.


Em ambientes que não se tem apreço pela tolerância, democracia, diferentes tipos de doutrina, principalmente as que versam sobre um tema de grande influência no cotidiano das pessoas costumam incentivar medidas autoritárias como o “doutrinamento”, a imposição de se seguir e obedecer a determinada doutrina em detrimento de outras.

Mas o que é exatamente uma doutrina? Quais são as principais características de uma? Quais são os principais tipos de doutrinas existentes?

Saiba mais sobre o assunto prosseguindo com a leitura dos tópicos abaixo.

Confira!

Definindo doutrina

Doutrina é um conjunto de ideias básicas a respeito de um sistema filosófico, político, econômico ou religioso. Ensinamentos que se baseiam em princípios elementares de um pensamento que o sustentam por apresentarem unidade silogística, coesão.

Um governo que prioriza políticas de distribuição de renda pode o fazer por seguir o princípio de que uma sociedade próspera está atrelada a igualdade social. Tem a crença, segue a doutrina, de que um governo deve governar para o bem estar de um todo e não somente para uma parte.

Um professor que ministra aulas priorizando trabalhos em grupos pode agir dessa maneira por seguir o princípio: o melhor aprendizado ocorre na prática e estimulando o trabalho em equipe.

Um treinador pode priorizar treinamento de domínio e posse de bola em vez de marcação do time adversário por seguir a filosofia: time que permanece por mais tempo com a bola tem mais chances de ganhar.

Percebe um padrão desses exemplos? São atos, escolhas, métodos que se baseiam em uma ideia base, em um princípio original, uma concepção básica de sociedade, de ensino, de jogo que tenta fornecer uma resposta satisfatória, um resultado satisfatório sobre determinado tema.

É uma filosofia que apresenta uma consistência interna, uma lógica plausível que para se concretizar, apresentar o resultado prometido, necessita de ações coerentes com seus princípios.

Existem diferentes categorias de doutrinas. Abaixo segue as principais. Confira.

Doutrina

Doutrina religiosa

Sem dúvida uma das categorias de doutrina que se faz mais presente na vida de cidadãos de qualquer lugar do planeta. É um conjunto de ideias baseadas em uma concepção particular, porém partilhável, sobre a origem e o significado da vida.

Existem várias doutrinas religiosas, várias doutrinas dentro de uma mesma religião. Nesse sentido, destaca-se o dogma religioso mais popular do planeta: o cristianismo. Apesar de muitas dessas doutrinas partilharem de princípios em comum, seguem por linhas de pensamento distintas a respeito de alguns tópicos.

Algumas defendem a adoração de imagens e repetições de rezas, outras não veem com bons olhos tais práticas.

Há doutrinas religiosas que defendem a convivência pacífica com as demais doutrinas existentes que versam sobre o tema. Outras, no entanto, pregam que são a doutrina definitiva, a única e verdadeira e todas as demais devem ser combatidas e aniquiladas.

Princípio, presunção, que costuma ser fonte de atritos e perseguição religiosa em diversas partes do mundo e motivo para a instauração de guerras sangrentas e duradouras.

Doutrina jurídica

Outro tipo de doutrina diz respeito ao mundo jurídico. É um conjunto de normas derivadas de pesquisas de inúmeros juristas que visam sistematizar e explicar todos os temas relativos ao Direito.

Esses estudos se baseiam em filosofias que se baseiam em percepções da sociedade na qual se está inserido. O processo empírico de investigação leva o estudioso do direito, que pode ser considerado um cientista, a solucionar impasses do mundo jurídico e atualizar conceitos que reflitam o mais fielmente possível o comportamento da sociedade.

Para um leigo pode parecer estranho essa postura de constante avaliação e reavaliação de temas jurídicos uma vez em que se há leis que não colocam margem para dúvidas, como roubo e assassinatos. No entanto, a complexidade que justifica a necessidade uma doutrina jurídica sofisticada se encontra em questões não tão óbvias ou flagrantes.

Exemplos são a validade de delações premiadas em determinados contextos, pena de morte etc.

Doutrina militar

Outro tipo de doutrina é a doutrina militar. Segue a mesma lógica de se executar ações baseadas em um pensamento base, uma ideia primeva, uma filosofia de sustentação de um conjunto de crenças.

Contudo, o objetivo da doutrina militar não é responder ou fornecer alento quanto a questões existenciais, fornecer uma linha da ação coerente e satisfatória aos anseios da sociedade em termos de tratados e de leis e nem de persuadir indivíduos quanto a coerência de determinados dogmas políticos e econômicos.

A doutrina militar propõe um conjunto de técnicas, táticas, estratégias e ações para se realizar um confronto armado e sair vencedor deste. Estabelece normas baseadas em princípios que prometem garantir caminho seguro para a vitória em um confronto bélico.

Um exemplo é o princípio de que é melhor defender um território do que atacar. Outro é o de deixar sempre uma rota de fuga disponível ao adversário para que este desista do confronto evitando, para as duas partes, a perda de mais homens e guarnições.

Há ainda outra doutrina militar que prega que a melhor opção é sempre procurar evitar a guerra e deixá-la apenas como última opção, pois a destruição e perda de vidas ocasionadas por um conflito constitui-se sempre uma grande tragédia humanitária e social que proporciona sequelas incuráveis.

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