Religião

Natal: sua origem, significado e comemoração

Você sabe o que se celebra no Natal, certo? Não, não é a chegada do Papai Noel com os presentes (também, vai), mas o que inspirou essa comemoração em larga escala no dia 25 de dezembro de todo ano (na verdade da noite do dia 24 para o 25) foi a determinação de que o aniversário de Jesus Cristo seria comemorada nessa data. “Natal” vem de “natalício”, ou seja, o motivo da comemoração do dia 25 de dezembro é o aniversário do ícone cristão.

Escolha conveniente

Mas não acha estranha a expressão “determinação” nesse caso? Como assim “determinou que o aniversário fosse em tal data”, quem tem condições de determinar o nascimento de alguém a não ser o criador?

Ocorre que consultando o Novo Testamento não há uma menção sobre a data de nascimento do Messias, por isso a data precisou ser escolhida para ser poder celebrar o aniversário do santo cristão.

E por que 25 de dezembro?

Pois é, data é que não falta no calendário e porque o historiador cristão Sextus Julius Africanus resolveu cravar a data de nascimento de cristo no dia 25 do ultimo mês do ano e recebeu endosso da igreja católica?


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Em 221 d.C, Roma era uma cidade dividida em várias religiões e o cristianismo que despontava como uma nova religião precisava fazer frente as outras para poder aumentar a sua influência e conseguir mais fieis.


No dia 25 de dezembro era ainda mais difícil se apresentar como uma doutrina mais cativante para os habitantes da cidade, porque não havia nenhuma celebração para competir com as comemorações das outras religiões que ocorria nesse dia, onde se fazia homenagem ao nascimento do representante da luz que vinha em missão de benevolência, sabedoria e solidariedade enquanto nos dias anteriores as famílias celebravam a data por vir com trocas de presentes e fartura na mesa (achou familiar?): o nascimento do deus persa Mitra e o solstício de inverno.

Entre se manter afastado de tais celebrações e participar ativamente da festança, lógico que o povo preferia a última, o que deixava os cristãos em desvantagem. Então pensando em fazer frente a essas festas de religiões pagãs, o dia 25 foi escolhido para ser a data do nascimento de Cristo e assim mobilizar fieis e simpatizantes a participarem das comemorações em detrimento das mais tradicionais até então.

E os católicos foram espertos, isso não se pode negar: além de criar uma alternativa e um ponto de apego dos fieis para se manterem alheios ao que ocorria no mundo do lado de fora, também incorporaram alguns elementos da cultura pagã que fazia sucesso perante o público, o que ajudou a comemoração (que passou a substituir as demais quando o cristianismo se tornou a religião oficial do império), a se popularizar.

Como as refeições suntuosas e as trocas de presentes.

Natal

E a árvore de Natal?

E de onde vem a tradição de se montar uma árvore de Natal e enfeitá-la com adereços que vieram a se tornar típicos como parte da celebração do aniversário de Cristo?

A maioria dos historiadores acredita que a tradição de se colocar uma árvore, na verdade originalmente um pinheiro natural, dentro de casa e enfeitá-lo com diversos adereços coloridos tenham surgido a partir de Martinho Lutero que, caminhando certo dia pela floresta, ficou maravilhado com a visão de um pinheiro coberto de neve e sob o brilho das estrelas.

Ao chegar em casa, Lutero tentou reproduzir a imagem que julgou encantadora usando galhos, algodões e velas.

Há outra teoria que aponta que a árvore de Natal teria surgido na Alemanha entre o século XVI e XVIII e que se instalou nos Estados Unidos no século XIX.

No Brasil, esse hábito de enfeitar árvores de Natal só veio a surgir no começo do século XX.

Qual o significado cristão para a árvore de Natal?

Depois de incorporada a tradição, era preciso dá algum significado do ponto de vista religioso sobre o motivo de se usar e enfeitar uma árvore no dia do nascimento de Cristo. E o simbolismo escolhido foi o fato das folhas dos pinheiros permanecerem verdes e firmes mesmo após a chegada do inverno, que significa uma representação da vida, de esperança, a alegria e mudança, todos símbolos associados pelos cristão a chegada de Cristo, tanto em seu nascimento, como em seu retorno futuro.

Natal

Ho-Ho-Ho

E o bom velhinho que anda de trenó voador, conduzido por renas voadoras, distribuindo brinquedos para a criançada os retirando de seu enorme saco de presentes?

O que conhecemos como Papai Noel foi um santo canonizado pela igreja católica que por ser muito benevolente, padroeiro das crianças (e por algum motivo também padroeiro dos marinheiros e mercadores) começo a ser associado a tradição do Natal e virar o presenteador oficial da comemoração.

A lenda sobre a origem do santo diz que ele se chamava Nicolau de Mira, e que era bispo da cidade de Mira, onde hoje se situa a Turquia. Bem de grana, o velhinho afável deixava moedas de ouro aos menos favorecidos durante a noite.

Talvez o seu caso de caridade mais emblemático foi ou de ajudar três mulheres que, junto ao pai, se encontravam a beira da miséria e viam como única alternativa a prostituição. Mas Nicolau veio em uma noite e jogou pela chaminé um saquinho com moedas de ouro. Voltou a fazer o gesto na noite seguinte e uma vez mais na terceira noite. Um saquinho de moedas de ouro para cada moça.

Essas generosidades do velhinho o fizeram ganha status de lenda viva e logo tudo que era tipo de milagre era atribuído a ele.

Depois de sua morte, cerca de um século depois, foi canonizado e virou São Nicolau.

O visual do Papai Noel demorou para chegar ao que conhecemos hoje. Suas primeiras imagens o retratavam como um homem magro ou até com a aparência de um duende, com roupas escuras de tons de verde e marrom.

Foi só em 1931, graças a uma campanha promovida pela marca Coca-Cola que o bom velhinho ganhou a aparência avermelhada e universal de nossos tempos.

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